O “F1 in Schools” é uma iniciativa a nível mundial, na qual é proposto a estudantes até aos 18 anos que construam um pequeno carro de Fórmula 1, que depois entra em corridas em pistas criadas para o efeito.
Até chegar à grande final – que decorre entre os dias 18 e 21 de setembro em Kuala Lumpur, Malásia – a equipa “Racing the Ocean”, composta por quatro alunos do Colégio Alemão do Porto, teve que superar dois outros grandes desafios: vencer a final regional (que se realizou em Espinho a 26 de abril) e bater toda a concorrência na final nacional (também em Espinho, a 24 e 25 de junho).
Gerardo Menezes, Bernardo Barbosa, Pedro Pregitzer e Yosef Al-Sewaidi são os nomes que representam as cores nacionais na grande final, equipa que já tinha entrado em competição na edição de 2009/2010 mas que por um problema de peso no carro não conseguiu vencer na final regional, ficando assim pelo caminho na competição.
Mas os quatro colegas não desistiram e na edição deste ano levam o seu protótipo até à grande final, esperando agora fazer o melhor resultado de Portugal nesta competição.
Em declarações à Agência Lusa, Gerardo Menezes, de 17 anos, explicou que “na pontuação necessária para a vitória entra a velocidade do carro, o design e a engenharia do carro, a qualidade do fabrico, o cumprimento das especificações do carro, o stand, o portefólio do projeto, os patrocínios, o marketing, uma apresentação verbal do projeto e também a imagem da equipa”.
“Pelo menos três de nós querem estudar engenharia e no futuro vai-nos ajudar imenso já termos contactos e perceber como é que o setor funciona”, disse.
Questionado sobre as horas que já tinha despendido no projeto, Gerardo foi perentório: “Não faço ideia. Isto começou em outubro de 2009, já estamos em setembro de 2011 e trabalhamos todos os dias no projeto”.
Com a grande final a aproximar-se, as férias de verão foram dedicadas ao projeto, tendo os quatro membros da equipa trabalhado todos os dias das 08:00 até às 02:00. “Ocupou a minha vida quase a 100 por cento”, remata Gerardo. Mas os frutos que entrar no “F1 in Schools” deixou não terminam na final da Malásia.
“Deixou-me armas muito boas para o meu futuro. Neste tempo todo fomos aprendendo como é que funciona o mundo do trabalho e a indústria, isso é uma mais-valia enorme em termos futuros”, concluiu.
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