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2015: este será o ano do SDN

À medida que práticas como o BYOD e outras tecnologias como a cloud se vão popularizando dentro das empresas, os CIOs estão cada vez mais interessados no SDN, dadas as possibilidades que este tipo de arquitecturas oferece para tornar as redes mais ágeis, escaláveis e capazes de suportar as novas e crescentes necessidades de utilizadores e organizações. Tudo aponta para que 2015 seja o ano do SDN, e assim o crê também a Gartner, que considera o SDN como uma das 10 tendências tecnológicas estratégicas para os próximos meses.

Dentro do SDN podemos identificar cinco tendências principais, relacionadas com o modo como o SDN é implementado e se aplica a cada um dos cenários de aplicação dentro da arquitectura de TI das organizações. Na nossa opinião, estas cinco tendências são as seguintes:

1. Crescente virtualização das funções de rede no datacenter. Em 2015, as empresas vão começar a ver as enormes vantagens em termos de poupança de custos de operação e de investimento que a virtualização de determinados serviços de rede, como firewall ou sistemas IDS, representa. Algo parecido ao que já fazem os fornecedores de serviços utilizando NFV (Network Function Virtualization). Dentro desta tendência está também a iniciativa Service Function Chaining da Opendaylight, que permite ganhar agilidade e tanto aproveitar a inovação como gerar redução de custos.

2. As arquitecturas tipo “overlay” dominarão os grandes datacenters. Depois de terem sido subvalorizadas durante algum tempo, as soluções de virtualização de rede tipo “overlay” vão ser adoptadas amplamente em grandes CPDs, em conjunto com as arquitecturas tipo “fabric”, já que ambas podem tirar melhor partido da orquestração de elementos de rede tanto físicos como virtuais.

3. SDN entrará definitivamente no mercado de redes de “campus”. A adopção de SDN está a ser gradual nos diferentes ambientes de TI. Primeiro foi no datacenter, depois nos fornecedores de serviços e nas redes WAN. Agora é a vez das redes de campus, tanto para infra-estruturas cabladas como wireless. A complexidade, escala e natureza dinâmica deste tipo de ambientes fará com que sejam mais complexas de implementar, mas os benefícios superarão os desafios.

4. Inovação em mercados verticais. Depois de uma etapa de desenvolvimento de soluções SDN “genéricas”, assistiremos ao aparecimento de soluções SDN especificamente desenhadas para as necessidades concretas de sectores como a saúde, o sector financeiro, o sector da distribuição e outros. Será interessante ver que sector vertical irá progredir mais rápido neste desenvolvimento.

5. Primeiras implementações baseadas em OpenDaylight. O projecto SDN baseado em OpenDaylight tem por detrás a mais ampla comunidade de desenvolvimento do mercado e mais de uma dezena de fabricantes estão a apostar nesta abordagem. Durante o próximo ano poderemos ver o início da produção das primeiras implementações baseadas no controlador SDN OpenDaylight.

Goncalo Tavares

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